Ginecologista em Santana | Dra Edinalva Braz
O que antes era algo quase exclusivo do universo masculino, com o fácil acesso a internet, passou a ser buscado pela mulher contemporânea.
Hoje a mulher para se satisfazer sexualmente tem a sua disposição uma infinidade de aparatos (vídeos, vibradores, filmes, sites inclusive o de relacionamentos) que a permite fantasiar e colocar em prática seus desejos mais ousados.
Conhecer seu próprio corpo e suas zonas erógenas sem ‘culpa” tornou-se uma forma rápida e segura na busca do prazer individual. O auto erotismo é um campo inspirador das fantasias, da liberdade e da exploração do corpo.
O acesso a pornografia através das mídias digitais com imagens em tempo real, tem proporcionado as mulheres apimentar sua vida sexual.
Fantasiar e até imitar cenas no intuito de agradar aos parceiros tem ajudando muitos casais a sair da rotina do dia a dia. Em um primeiro momento a imagem pornográfica pode causar medo e culpa por despertar fantasias e desejos muitas vezes proibidos. Muitas mulheres não sabem lidar com esses sentimentos e outras por curiosidade e libido (tesão) acabam se permitindo.
Segundo o site TECHTUDO, durante a pandemia do Covid19, o acesso a sites pornográficos no BRASIL cresceu 600%.
A mulher contemporânea quer ter mais orgasmos, quer ser mais participativa no sexo, sem a inibição de antigamente. Porém, é importante que se tenha equilíbrio nessa busca pelo “prazer”, que a pornografia não se torne uma compulsão (o que vale para ambos os sexos).
O problema dos viciados em pornografia, é quando passam a substituir os relacionamentos no mundo real pelo mundo virtual, por sentimentos de medo insegurança na hora H e de serem rejeitados deixando de viver e valorizar uma relação de aprendizado mútuo através de erros e acertos, para se limitar as experiências virtuais.
Não existe muita pesquisa científica nessa área (mulher e pornografia), as mulheres que procuram a clínica são na maioria por problemas físicos, clínicos e psicológicos.
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