Adenomiose: o que é, quais sintomas e tratamento.
A adenomiose é uma doença ginecológica benigna que se caracteriza pela “invasão” do endométrio (tecido que reveste internamente o útero) na parede muscular do útero (miométrio).
A adenomiose acomete em geral mulheres entre os 40 a 50 anos de idade, podendo ocorrer em mulheres mais jovens.
Segundo a OMS Organização Mundial da Saúde, a adenomiose pode acometer 1 para cada 10 mulheres no mundo e muitas dessas mulheres não apresentam sintomas clínicos. No entanto, quando a queixa da mulher for de sangramento menstrual abundante e com cólicas, a adenomiose deverá ser investigada.
ADENOMIOSE X ENDOMETRIOSE
Apesar de ambas terem manifestações clínicas parecidas, existe algumas diferenças entre adenomiose e endometriose.
Na adenomiose, as células que revestem a cavidade uterina chamada de endométrio, invade a camada muscular do útero chamada miométrio, resultando em um aumento difuso e global do órgão.
Na adenomiose o volume do útero pode duplicar ou triplicar podendo seu volume chegar ao tamanho de uma gestação de 3 meses.
Na endometriose, o tecido endometrial cresce em outros locais além do útero, como um “deslocamento” do tecido endometrial para outros órgãos como ovários, trompas, peritônio, bexiga, ligamentos uterinos e intestino.
SINTOMAS CLÍNICOS DA ADENOMIOSE
– menstruação com fluxo abundante, muitas vezes com coágulos
– cólica muito forte durante o período menstrual
– dor pélvica crônica
– dor durante a relação sexual
-sangramento fora do período menstrual
– abortos de repetição (infertilidade)
– inchaço na barriga pelo aumento do volume do útero
DIAGNÓSTICO
Suspeita-se o diagnóstico da adenomiose uterina, pelos sintomas clínicos da mulher, mio hiperplasia (aumento do útero) na ausência de miomas e endometriose.
No entanto, algumas mulheres podem apresentar miomas, pólipos uterinos e endometriose associadas à adenomiose.
A ultrassonografia transvaginal e ressonância nuclear, são os melhores exames para o diagnóstico da adenomiose e caracterizam melhor a doença.
TRATAMENTOS
Antes de se indicar o tratamento cirúrgico é importante iniciar, o tratamento conservador, especialmente nas mulheres que querem engravidar.
Os tratamentos clínicos, mais indicados são:
–DIU HORMONAL DE LEVONORGESTREL (MIRENA), tem mostrado boa eficácia e tolerância;
-PROGESTAGÊNIOS (allurene e medroxiprogestrona), os anticoncepcionais orais combinados diminui a dor e o fluxo menstrual, sendo sugerido seu uso contínuo para abolir por completo a menstruação.
Outros
-USO DE ANTIFLAMATÓRIOS NÃO HORMONAIS, para alívio da dor e diminuição do sangramento menstrual intenso.
-ANTIOXIDANTES (vitamina C, vitamina E, resveratrol).
Em casos de insucesso terapêutico o tratamento cirúrgico é indicado, através da HISTERECTOMIA (remoção cirúrgica do útero).
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