Ginecologista em Santana | Dra Edinalva Braz
O Câncer do colo do Útero, também chamado de Câncer Cervical é o 3º tumor mais frequente na população feminina, ficando atras do câncer de mama e do câncer colorretal, sendo considerado a quarta causa de óbito entre as mulheres no Brasil.
O PAPILOMA VÍRUS HUMANO (HPV) é o principal responsável pelo desencadeamento da doença, podendo infectar também os homens, estando associado ao surgimento do câncer de pênis.
O vírus provoca alterações nas células do colo do útero e antes de se tornar maligno, passa por fases de pré-malignidade denominadas de NIC (NEOPLASIA INTRAEPITELIAL CERVICAL) classificada em graus: 1,2,3,e 4. Os tipos de HPV com potencial oncogênico (que podem causar o câncer) são classificados:
ALTO RISCO – tipos 16,18,45 e 56.
BAIXO RISCO – tipos 6,11,41,42,44
RISCO INTERMEDIÁRIO – tipos 31,33,35, 51 e 52
De acordo com a OMS Organização Mundial da Saúde, as estratégias para detecção, diagnóstico e tratamento precoce, através de programas organizados de rastreamento tem reduzido expressivamente a mortalidade pelo câncer cervical.
O rastreamento do câncer do colo do útero, se baseia na história natural da doença e no reconhecimento que o câncer invasivo evolui a partir de lesões precursoras (lesões intraepiteliais escamosas de alto grau) que podem ser detectadas e tratadas adequadamente.
– início precoce da vida sexual;
– múltiplos parceiros sexuais ou parceiros com vida sexual promíscua;
– tabagismo;
– infecções genitais persistentes pelo vírus do HPV;
– baixa imunidade;
– não realizar o exame de Papanicolaou com regularidade.
Mulheres portadoras de lesões pré-cancerígenas ou com câncer de colo do útero em estágio inicial da doença, geralmente não apresentam sintomas.
Quando a doença progride e atinge os órgãos e tecidos próximos ao colo do útero pode ocorrer:
– sangramento genital após a relação sexual;
– dor pélvica durante a relação sexual;
– sangramento vaginal anormal fora das menstruações;
– secreção vaginal sanguinolenta
Nos estágios mais avançados da doença podem ocorrer outros sintomas como:
– obstrução das vias urinárias e intestinos (problemas ao urinar ou evacuar)
– dor lombar e abdominal;
– perda de peso e apetite;
– inchaço importante nas pernas;
– hemorragias;
Feito o diagnóstico e o estadiamento do câncer a equipe médica discutirá com a paciente as opções de tratamento.
As principais opções de tratamento para o câncer de colo do útero incluem:
-cirurgia
-radioterapia
-quimioterapia
-imunoterapia
Dependendo do estágio da doença as opções de tratamento podem ser realizadas isoladas ou combinadas.
Como a transmissão das infecções pelo HPV ocorre por via sexual, o uso de preservativos (camisinha) durante a relação sexual com penetração diminui o contágio, apesar do contágio pelo HPV também ocorrer pelo contato com a pele da vulva mucosa genital e perianal.
A vacina contra HPV (indicada para mulheres entre 9 e 26 anos), o uso de preservativos durante as relações sexuais, a realização regular dos exames ginecológicos especialmente a realização do PAPANICOLAOU, são ações importantes na prevenção e detecção precoce do câncer do colo do útero.
A partir do início da atividade sexual as mulheres deverão ser orientadas para consulta médica ginecológica, coleta do exame do papanicolaou, tratamento e prevenção das IST (infecções sexualmente transmissíveis), orientação contraceptiva (para evitar gravidez indesejada) e disfunções relacionadas à sexualidade.
Procure sua ginecologista de confiança.
A prevenção salva vidas!
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